Lutador de MMA português morreu após 41 golpes na cabeça

Foram reveladas agora as conclusões de um inquérito judicial, realizado em Dublin, sobre a causa oficial da morte do praticante de Artes Marciais Mistas (MMA), o português João Carvalho, em 2016, dois dias após um combate na capital irlandesa.

'Rafeiro', como era conhecido João Carvalho, morreu devido a complicações provocadas por 41 golpes na cabeça, segundo avança a estação irlandesa RTE. A sua morte foi, desta forma, determinada como uma sequência de eventos que não envolve dolo.

O inquérito, é um procedimento normal aplicado a todas as mortes súbitas e sem causa natural. Embora não tenha sido determinada responsabilidade aos organizadores ou autoridades,  é aconselhada pelo tribunal a instauração de um organismo nacional para reger as Artes Marciais Mistas, assim como a adoção de regras de segurança similares às do boxe no curto-prazo.

João Carvalho morreu em 11 de abril de 2016 num hospital de Dublin, onde deu entrada em estado crítico depois de um combate na capital irlandesa, o primeiro internacional da carreira do atleta de 28 anos. Uma autópsia no corpo, estabeleceu como causa da morte uma "hemorragia subdural aguda" causada por uma pancada forte na cabeça.

Imagens do combate mostram o português a sofrer vários golpes na cabeça enquanto estava no chão.

O combate Total Extreme Fight, disputado no National Boxing Stadium, acabou com a vitória do irlandês Charlie Ward por KO técnico, mas cerca de 20 minutos depois do final do combate João Carvalho sentiu-se mal.

A Nobrega Team, a equipa com a qual treinava, garantiu que "foram cumpridas todas as regras de segurança" e que "a arbitragem seguiu todos os procedimentos corretos e habituais".

A Autoridade de Segurança e Saúde (HSA, na sigla inglesa) realizou um inquérito preliminar às circunstâncias do acidente, mas não encontrou motivos para responsabilizar qualquer entidade pelo sucedido.

Uma investigação da polícia irlandesa Gardaí também não encontrou indícios de crime e o ministério público irlandês decidiu não fazer uma acusação criminal contra Charlie Gard.

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